sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Viveremos uma dominação Muçulmana Mundial?

Tenho recebido às vezes alguns materiais na internet falando sobre uma suposta dominação muçulmana no Planeta e, sempre que ocorre algum atentado terrorista, esse tipo de material circula com mais intensidade.

Em todos esses materiais, reparei que praticamente todas as informações não vêm acompanhadas de nenhuma fonte, além de não haver também nenhuma “assinatura”, ou seja, quem fez o material não teve coragem para assiná-lo. Ao meu ver, sempre que isso acontece, certamente há razões obscuras por trás desse tipo de criação e divulgação.

O que estou escrevendo parece uma obviedade, mas mesmo assim acho importante que seja colocada. Devemos tomar cuidado com generalizações, qualquer uma. A maioria dos comentários sobre a cultura e a religião muçulmana que são espalhadas pela internet são preconceituosos, tendenciosos ou simplesmente são inverdades.

Conheci pessoalmente alguns muçulmanos, são logicamente pessoas comuns, alguns são altruístas, outros nem tanto, alguns são mais felizes, alguns são mais extrovertidos, outros mais egoístas, outros menos, enfim, exatamente como sempre acontecerá em qualquer grupo de pessoas, independente da raça, religião, opção sexual ou o que for. 

Esse ódio que vem sendo disseminado contra a população muçulmana beneficia a alguns grupos econômicos importantes, a alguns grupos de extrema direita que vivem do ódio e do preconceito disseminados na população, e também ao Estado de Israel, que continua oprimindo diariamente os Palestinos na Faixa de Gaza e montando acampamentos ilegais na região, avançando cada vez mais suas fronteiras na base da força com a criminosa conivência de grande parte da mídia mundial, controlada na sua maioria por grupos com grandes interesses econômicos.

Infelizmente, existem fundamentalistas, países e organizações com interesses diversos, que manipulam e financiam fanáticos religiosos muçulmanos, os quais usam de força para fazer verdadeiros absurdos, exatamente como aconteceu com a Igreja Católica em outras épocas da nossa história. Entretanto, o que não se pode aceitar é que outros se aproveitem desses atos injustificáveis e covardes para difundir o ódio e a intolerância contra toda a população muçulmana.

A índole de uma pessoa não tem qualquer relação com a religião, cor da pele ou opção sexual. E a violência no mundo nunca vai se resolver com preconceito, ódio e exclusão, pelo contrário, a única forma de vivermos em uma sociedade menos violenta é evoluindo, sendo mais humanos, o que necessariamente nos remete a muito mais inclusão, respeito e diversidade.

Como comentei sobre a Faixa de Gaza, vou recomendar um excelente filme de origem Palestina. O filme nos mostra a vida na Palestina sobre outros pontos de vista e perspectivas em relação às que estamos acostumados a ver e ler nos jornais diariamente. O filme é realmente muito bom, procurem em alguma locadora ou na Internet, enfim, vale a pena assistir. Segue abaixo:

PARADISE NOW

Para terminar, percebo também que a maioria das informações que chegam sobre o Estado Islâmico são extremamente simplistas, então, para quem quiser tentar entender um pouco mais sobre a origem desse grupo fortemente armado e com grande poder financeiro, sugiro parar um tempo para ler o texto do Economista Edmilson Costa, publicado no site do brilhante jornalista Luis Nassif, o qual encontra-se no link abaixo:


Esse texto apresenta apenas um dos milhares de pontos de vista que existem sobre o tema, mas já nos dá uma ideia muito clara sobre a gigantesca complexidade da situação e quantas forças e interesses envolve em todo o planeta.


Boa leitura e fiquemos em paz.

Um comentário:

  1. Tu tens toda razão, são as elites que postam contra os Árabes, como em qualquer sociedade ou agrupamentos existem o bem e o mal, no caso do Islã, são os fundamentalista que propagam o terrorismo como a religião católica também fez isto na idade média e como qualquer civilização existe o lado bom e o lado ruim, não podemos condenar os Islâmicos por isto, e além do mais eles estão se defendendo dos agressores como os Norte-Americos.

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